SUS Expande Métodos Contraceptivos para Reduzir Gestações Não Planejadas
- Angelo Mota
- 13 de jul.
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O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer, a partir do segundo semestre de 2025, o implante subdérmico Implanon, um contraceptivo de longa duração com alta eficácia. Disponível gratuitamente, o método, que custa até R$ 4 mil no setor privado, beneficiará inicialmente 500 mil mulheres, com previsão de 1,8 milhão de unidades distribuídas até 2026. O Implanon é uma haste de 4 cm inserida no braço, que libera etonogestrel para inibir a ovulação e dificultar a passagem de espermatozoides, com duração de três anos e eficácia superior a 99%.
Além do novo implante, o SUS já disponibiliza diversos métodos contraceptivos gratuitos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), como:
Preservativos masculino e feminino: Oferecem 98% de eficácia com uso correto, além de proteção contra ISTs, mas a eficácia cai para 82% com uso irregular.
DIU de cobre: Não hormonal, com até 10 anos de proteção e taxa de falha de apenas 0,6%.
Pílula anticoncepcional combinada: Combina estrogênio e progesterona, com 99,7% de eficácia no uso ideal, mas 91% em uso típico.
Pílula de progestagênio: Opção para quem não pode usar estrogênio.
Injetáveis hormonais: Disponíveis em versões mensal e trimestral, com alta eficácia e sem necessidade de uso diário.
Diafragma: Método de barreira não hormonal, ajustado por profissionais de saúde.
Laqueadura e vasectomia: Métodos permanentes, indicados para maiores de 25 anos ou com dois filhos, com 60 dias de reflexão obrigatória.
Contracepção de emergência: Pílula para situações de falha, eficaz em até cinco dias, mas não substitui métodos regulares.
A inclusão do Implanon reforça o planejamento familiar, previsto na Lei nº 9.263/1996, que garante acesso universal a contraceptivos. Com investimento de R$ 245 milhões, o Ministério da Saúde também capacitará profissionais para a inserção e remoção do implante. A medida visa reduzir as gestações não planejadas, que representam 55,4% no Brasil, e a mortalidade materna, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Apesar do avanço, há desafios, como a falta de DIUs em algumas localidades e a escassez de profissionais treinados. Barreiras como desinformação ou restrições em unidades filantrópicas também persistem. Para acessar os métodos, mulheres devem consultar profissionais nas UBS, que orientam com base no perfil de cada paciente. Em caso de indisponibilidade, é possível recorrer à ouvidoria ou ao Ministério Público.
A ampliação promove autonomia reprodutiva, beneficiando especialmente mulheres em situação de vulnerabilidade, e fortalece o acesso equitativo à saúde sexual e reprodutiva.









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