Surto de Intoxicação por Metanol no Brasil: Atualização em 25 de Outubro de 2025
- Angelo Mota
- 26 de out.
- 2 min de leitura
Surto de Intoxicação por Metanol no Brasil: Atualização em 25 de Outubro de 2025
O Brasil enfrenta um grave surto de intoxicação por metanol, com 58 casos confirmados e 15 mortes registradas até o momento, conforme dados do Ministério da Saúde. Outros 50 casos e 9 óbitos estão sob investigação em vários estados. Esses números, atualizados em 25 de outubro de 2025, mostram um aumento em relação aos 53 casos e 10 mortes reportados dois dias antes, evidenciando a rápida expansão do problema. O surto, identificado desde agosto de 2025, tem São Paulo como epicentro, mas já atinge pelo menos 10 estados.
Origem e Distribuição dos Casos
A contaminação ocorre pelo consumo de bebidas alcoólicas falsificadas, como vodca, uísque e gim, adulteradas com metanol, uma substância tóxica usada em solventes industriais. Essas bebidas são vendidas em mercados clandestinos, bares irregulares ou pela internet, muitas vezes em eventos sociais. A crise foi classificada como emergência de saúde pública por uma nota técnica emitida em 30 de setembro, exigindo notificação imediata ao sistema nacional de saúde.
Casos por estado (estimativa até 25/10):
Fonte: Relatórios do Ministério da Saúde e autoridades estaduais. Dados podem variar devido a atualizações frequentes.
Sintomas e Perigos
A intoxicação por metanol é extremamente perigosa. Os primeiros sinais, como náusea, tontura e dor de cabeça, podem ser confundidos com embriaguez comum. No entanto, evoluem para:
Perda de visão ou cegueira irreversível (dano ao nervo óptico).
Convulsões, falência de órgãos (rins, fígado, pulmões) e coma.
Morte em até 48 horas sem tratamento.
O metanol é convertido pelo corpo em compostos tóxicos, como ácido fórmico, que causam danos graves. Uma dose de apenas 30ml pode ser letal. O tratamento imediato com antídotos como fomepizol ou etanol medicinal é essencial para salvar vidas.
Ações das Autoridades
Antídotos: O SUS adquiriu 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil de fomepizol, distribuídos para estados afetados.
Análise toxicológica: Laboratórios da Unicamp (SP) e Fiocruz (RJ) foram mobilizados para acelerar testes, reduzindo o tempo de diagnóstico.
Fiscalização: A Vigilância Sanitária e a polícia intensificaram operações, confiscando garrafas falsas e selos adulterados. Em São Paulo, um comitê de crise atua para fechar pontos de venda suspeitos.
Propostas legislativas: Tramita na Câmara um projeto para aumentar punições contra a falsificação de bebidas, com penas mais duras para produtores e distribuidores.
O ministro Alexandre Padilha alertou: "O tratamento não pode esperar confirmação laboratorial, pois o atraso eleva o risco de morte". A recomendação é evitar bebidas de origem duvidosa e denunciar suspeitas pelo Disque Saúde (136).
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