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Mãe e filha transformam garrafas recicladas em lar sustentável em Pernambuco

  • Foto do escritor: Angelo Mota
    Angelo Mota
  • 17 de jul.
  • 2 min de leitura
Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Na tranquila Praia do Sossego, localizada na Ilha de Itamaracá, Pernambuco, Edna Dantas, 55 anos, e sua filha, Maria Gabrielly Dantas, 27, construíram um lar único: a "Casa de Sal". Com cerca de 8 mil garrafas de vidro coletadas do lixo, a residência de 70 m², finalizada após dois anos de trabalho iniciado em 2020, destaca-se como um exemplo de sustentabilidade e inovação, sendo pioneira ao utilizar garrafas posicionadas verticalmente em sua estrutura.


Do lixo ao lar: uma ideia visionária

Com quase duas décadas de experiência em uma cooperativa de reciclagem, Edna notou o descarte excessivo de garrafas de vidro em uma região onde a infraestrutura é precária: apenas 16% dos moradores têm acesso à rede de esgoto, e pouco mais de um terço conta com coleta regular de resíduos. Determinadas a criar uma solução criativa, mãe e filha substituíram tijolos por garrafas, combinando-as com barro local, cimento, areia e madeira reaproveitada. As paredes, feitas com garrafas dispostas em camadas duplas, proporcionam conforto térmico e aproveitam a luz natural, enquanto o telhado incorpora materiais reciclados, como embalagens de creme dental, e o sistema de fossa é biodegradável.


Enfrentando preconceitos com resiliência

No início, a comunidade local via o projeto com desconfiança, chegando a chamar Edna e Maria de "malucas" por acreditarem que a casa não resistiria. Mesmo enfrentando barreiras como machismo e racismo, comuns no setor da construção, elas persistiram. Com o tempo, vizinhos se uniram para ajudar na instalação do piso e do telhado, reconhecendo o valor da iniciativa.


Um espaço para conexão e sustentabilidade

A Casa de Sal vai além de ser apenas um lar: ela se tornou um ponto de ecoturismo. Por meio do Airbnb, com diárias em torno de R$ 168, oferece experiências imersivas que conectam visitantes à natureza e à cultura da região, incluindo gastronomia local e passeios pelo manguezal. Ao reciclar 8 toneladas de vidro, o projeto se consolida como um exemplo poderoso de ativismo ambiental e social, especialmente para mulheres negras que lutam por moradia digna e sustentabilidade.

A Casa de Sal é um testemunho de criatividade e perseverança, mostrando que é possível transformar resíduos em um lar acolhedor e inspirar mudanças positivas para o meio ambiente e a comunidade.

 
 
 

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