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Brasil Alcança Marco Histórico ao Sair do Mapa da Fome da ONU em 2025

  • Foto do escritor: Angelo Mota
    Angelo Mota
  • 28 de jul.
  • 3 min de leitura
Brasil sai do Mapa da Fome da ONU (Lyon Santos/ MDS)
Brasil sai do Mapa da Fome da ONU (Lyon Santos/ MDS)

No dia 28 de julho de 2025, o Brasil celebrou uma conquista monumental ao ser retirado do Mapa da Fome, conforme indicado no Relatório da FAO/ONU sobre a Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo (SOFI 2025). Em apenas dois anos, o país conseguiu reduzir a taxa de subnutrição para menos de 2,5% da população, com base na média trienal de 2022 a 2024, saindo da classificação de insegurança alimentar severa. Esse feito destaca o sucesso de políticas públicas voltadas para a erradicação da fome e a promoção da justiça social.


Trajetória e Contexto

O Brasil havia superado o Mapa da Fome em 2014, mas crises econômicas, políticas de austeridade e os impactos da pandemia de Covid-19 levaram ao retorno em 2019. Em 2022, o cenário era alarmante, com cerca de 33 milhões de pessoas enfrentando insegurança alimentar grave, segundo a Rede PENSSAN. A reversão desse quadro, alcançada antes da meta estipulada para 2026, demonstra a eficácia das estratégias adotadas a partir de 2023.


Estratégias que Fizeram a Diferença

O progresso foi impulsionado por um conjunto de medidas coordenadas, com destaque para:

  1. Plano Brasil Sem Fome: Implementado em 2023, esse programa uniu esforços para garantir acesso a alimentos nutritivos, priorizando populações em vulnerabilidade. Entre suas ações estão:

    • Bolsa Família: Ampliado para alcançar mais famílias, com benefícios ajustados para combater a pobreza extrema.

    • Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): Compra de produtos de pequenos agricultores para distribuição em escolas e comunidades, fortalecendo a economia local.

    • Cozinha Solidária: Iniciativa que oferece refeições gratuitas em regiões carentes, como em comunidades no Distrito Federal.

  2. Reajuste do Salário Mínimo: Aumentos acima da inflação elevaram o poder de compra, reduzindo a pobreza e melhorando o acesso a alimentos.

  3. Apoio à Agricultura Familiar (Pronaf): Expansão de financiamentos para pequenos produtores, incentivando a produção sustentável e o fortalecimento do setor rural.

  4. Capacitação e Geração de Renda: Programas de formação profissional e apoio ao empreendedorismo ajudaram a criar oportunidades econômicas.

  5. Foco em Inclusão: Políticas voltadas para mulheres, populações negras e indígenas, que enfrentam maior risco de insegurança alimentar, foram priorizadas, com base em estudos da Rede PENSSAN.

Entre 2022 e 2023, a insegurança alimentar grave caiu de 8% para 1,2%, beneficiando cerca de 14,7 milhões de pessoas. No índice de subnutrição (PoU), a redução foi de 4,2% (2020-2022) para 2,8% em 2023, tirando 3 milhões de brasileiros da subnutrição crônica.


Desafios para o Futuro

Embora a conquista seja significativa, persistem barreiras para consolidar os avanços:

  • Desigualdade Social: A concentração de renda ainda impede o acesso equitativo a alimentos em algumas regiões.

  • Desertos Alimentares: Áreas urbanas e rurais com escassez de mercados continuam sendo um obstáculo.

  • Mudanças Climáticas: Secas e enchentes impactam a produção agrícola, especialmente no semiárido, onde projetos como o “Guia de Práticas para Agricultura Familiar” buscam soluções sustentáveis.

  • Legado de Crises: O retorno ao Mapa da Fome entre 2019 e 2022 foi associado por autoridades a cortes em programas sociais nos governos anteriores, o que reforça a necessidade de políticas consistentes.


Relevância Global

Como um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o Brasil tem um papel estratégico na segurança alimentar global. Durante a presidência do G20 em 2024 e na preparação para a COP30 em 2025, o país liderou iniciativas como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, compartilhando experiências para combater a fome em escala internacional. A América Latina também registrou avanços, com a taxa de fome caindo para 6,2% em 2023, segundo o SOFI 2024, destacando o Brasil como referência regional.


Rumo à Sustentabilidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Wellington Dias reforçaram o compromisso de manter o Brasil fora do Mapa da Fome, com foco em políticas inclusivas e sustentáveis. A FAO destaca a importância de tecnologias, como inteligência artificial e práticas agrícolas inovadoras, para enfrentar desafios climáticos. A meta agora é garantir que nenhum brasileiro passe fome, consolidando a segurança alimentar como um direito universal.

 
 
 

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