Análise do Impacto da Tarifa de 50% dos EUA em Pernambuco
- Angelo Mota
- 11 de jul.
- 2 min de leitura

Contexto Econômico
A tarifa de 50% proposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros pode gerar perdas de R$ 1 bilhão anuais nas exportações de Pernambuco. Em 2024, o estado exportou US$ 205 milhões (R$ 1,14 bilhão) aos EUA, com produtos como açúcar, uvas, ferro, aço e alumínio. Entre janeiro e junho de 2025, foram US$ 53 milhões (R$ 295 milhões), ou 4,48% do total exportado.
Setores Impactados
Agroindústria: Açúcar e uvas, carros-chefe de Pernambuco, podem perder competitividade, com o setor sucroalcooleiro estimando perdas de até R$ 600 milhões por safra.
Indústria: Produtos como ferro, aço e alumínio enfrentarão concorrência global mais acirrada devido ao aumento de custos.
Empregos: Cada R$ 1 bilhão exportado sustenta 24,3 mil empregos e R$ 531,8 milhões em salários, segundo a CNI. A redução nas exportações ameaça empregos locais, especialmente na agricultura e siderurgia.
Efeitos Econômicos
Mercado Interno: Produtos não exportados podem pressionar preços agrícolas para baixo no Brasil.
Inflação: A alta do dólar (1,06%, para R$ 5,50) após o anúncio pode elevar custos de insumos importados, impactando a inflação.
Contexto Regional
Pernambuco, Ceará, Bahia e Maranhão concentram 84,1% das exportações nordestinas aos EUA (US$ 1,58 bilhão até junho de 2025). O impacto no Nordeste pode chegar a R$ 16 bilhões anuais.
Medidas Propostas
Negociação Diplomática: Buscar isenções tarifárias com os EUA.
Diversificação de Mercados: Explorar China e União Europeia, apesar de barreiras logísticas.
Retaliação Comercial: Tarifas sobre produtos americanos são cogitadas, mas podem escalar o conflito.
Conclusão
A tarifa, motivada por questões políticas, exige resposta rápida de Pernambuco. Negociações e diversificação de mercados são essenciais para minimizar perdas e proteger a economia loca









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