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28/09/2025- Principais Projetos Paisagísticos de Roberto Burle Marx

  • Foto do escritor: Angelo Mota
    Angelo Mota
  • 28 de set.
  • 3 min de leitura
Recife, PE, 18/09/2025 - PRAÇA DEZESSETE - Imagens da Praça Dezessete na região central do Recife. (Rafael Vieira)
Recife, PE, 18/09/2025 - PRAÇA DEZESSETE - Imagens da Praça Dezessete na região central do Recife. (Rafael Vieira)

Roberto Burle Marx (1909-1994), renomado paisagista brasileiro, revolucionou o paisagismo tropical com mais de 2.000 projetos, destacando-se pelo uso de plantas nativas, formas orgânicas e integração com a arquitetura modernista. Sua obra abrange desde jardins residenciais até grandes parques públicos, influenciando o urbanismo no Brasil e no exterior. Um exemplo emblemático é o jardim do antigo "Prédio da Celpe" (hoje Neoenergia, Recife, PE), projetado em 1972, que combina espelhos d’água e vegetação tropical com a arquitetura de Vital de Pessoa de Melo e Reginaldo Esteves, valorizando o concreto e a flora local.

A seguir, apresento uma seleção de projetos icônicos de Burle Marx, organizados por região, com descrições reformuladas para destacar sua contribuição única ao paisagismo.

Pernambuco e Nordeste

No Recife, onde foi diretor de Parques e Jardins (1934-1937), Burle Marx criou os primeiros jardins públicos com foco na ecologia tropical. Em 2015, 15 praças locais foram reconhecidas como "Jardins Históricos" pelo IPHAN.

  • Praça de Casa Forte (Recife, 1934)Primeiro projeto público de Burle Marx, no Recife, com inspiração na biodiversidade amazônica e da Mata Atlântica. Destacam-se espécies como a vitória-régia, integradas em um desenho inovador para a época. Tombado em 2015.

  • Cactário da Madalena (Praça Euclides da Cunha, Recife, 1934-1937)Jardim ousado que valoriza cactos e vegetação da caatinga, desafiando os padrões estéticos urbanos do período com a rusticidade do sertão nordestino.

  • Praça do Derby (Recife, 1935)Espaço urbano com traços sinuosos e plantas regionais, projetado para integrar a natureza à vida cotidiana da cidade.

  • Parque Sólon de Lucena (João Pessoa, PB, 1940)Projeto com lagos e vegetação nordestina, antecipando o uso de elementos ecológicos em praças públicas da região.

Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro foi o principal palco de Burle Marx, onde colaborou com arquitetos como Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Seu sítio em Guaratiba é um marco global do paisagismo.

  • Jardins do Edifício Gustavo Capanema (Rio, 1938)Localizado no Centro, esse jardim modernista combina formas orgânicas com plantas tropicais, harmonizando-se com a arquitetura de Niemeyer e Le Corbusier.

  • Jardins do MAM-RJ (Rio, 1954)Projeto com blocos de cores vegetais e traços geométricos, criando uma "pintura viva" que reflete a estética modernista do museu.

  • Parque do Flamengo (Aterro do Flamengo, Rio, 1959-1965)Obra monumental de 1,2 milhão de m², com espécies como jasmim-manga e árvores nativas, plantadas pelo próprio Burle Marx, integrando cidade e natureza.

  • Calçadão de Copacabana (Rio, 1970)Famoso mosaico de ondas em preto e branco, com 4 km de extensão, complementado por vegetação costeira, como uma tela abstrata vista do alto.

  • Sítio Roberto Burle Marx (Guaratiba, RJ, 1949-1985)Seu laboratório pessoal, com mais de 3.500 espécies tropicais, como filodendros. Doado ao governo, é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2021.

São Paulo e Sul

Em São Paulo, Burle Marx trouxe inovações urbanas, muitas vezes em parceria com arquitetos modernistas.

  • Parque Ibirapuera (São Paulo, 1954)Jardins que complementam a arquitetura de Niemeyer, com lagos e vegetação da Mata Atlântica, promovendo a preservação ambiental.

  • Vale do Anhangabaú (São Paulo, 1960s)Proposta para revitalizar o centro com espelhos d’água e plantas nativas, parcialmente implementada, mas influente em projetos urbanos posteriores.

  • Parque Trianon (São Paulo, 1960s, proposta)Plano para preservar o bosque nativo da Paulista, com mosaicos, playground e espelho d’água que dialoga com o MASP.

Brasília e Centro-Oeste

Em Brasília, Burle Marx integrou a flora brasileira ao projeto modernista de Lúcio Costa e Niemeyer.

  • Eixo Monumental (Brasília, 1958)Paisagismo que une diferentes biomas brasileiros, criando uma identidade verde para a nova capital.

  • Jardins do Palácio do Itamaraty (Brasília, 1960-1970)Espaços diplomáticos com vegetação tropical e traços orgânicos, reforçando a conexão entre arquitetura e natureza.

 
 
 

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