23/09/2025- Resumo do Discurso de Lula na 80ª Assembleia Geral da ONU
- Angelo Mota
- 23 de set.
- 3 min de leitura
Na abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, em 23 de setembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva proferiu um discurso de aproximadamente 30 minutos em Nova York, destacando temas centrais de sua política externa: soberania nacional, combate a retrocessos democráticos, regulação do ambiente digital e denúncia da crise humanitária em Gaza. A fala, que recebeu aplausos de diversas delegações, foi interpretada como uma resposta a pressões externas, incluindo as dos EUA, e reforçou o posicionamento do Brasil no cenário global. Abaixo, os principais pontos abordados:
1. Defesa da Soberania Nacional
Lula reafirmou o compromisso com a soberania do Brasil, declarando que a democracia do país é "inviolável". Sem citar diretamente casos específicos, criticou interferências externas e sanções econômicas que afetam a autonomia nacional, numa possível alusão às tensões com os EUA e à situação política interna.
Contexto: O discurso ocorre em meio a debates sobre a condenação de figuras políticas por ataques às instituições, como os eventos de 8 de janeiro de 2023.
Reação: Líderes de países latino-americanos e africanos demonstraram apoio, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, mencionou um futuro encontro bilateral com Lula, sugerindo diálogo amistoso.
2. Crítica a Retrocessos Democráticos
O presidente condenou tentativas de enfraquecer a democracia, alertando contra "movimentos que atacam instituições e promovem desinformação". A mensagem foi vista como uma referência indireta a pressões por anistia a figuras condenadas por atos antidemocráticos.
Frase destacada: "O Brasil mostra ao mundo que nossa democracia não se curva a ameaças."
Impacto: O posicionamento fortalece a agenda de Lula para as eleições de 2026, rejeitando qualquer concessão a pressões externas ou internas.
3. Regulação das Plataformas Digitais
Lula defendeu a necessidade de regular as redes sociais, argumentando que o ambiente digital deve seguir as mesmas leis do mundo real. Ele criticou a disseminação de desinformação e destacou a soberania digital como essencial para proteger a democracia.
Contexto: A proposta reflete preocupações com milícias digitais e fake news, intensificadas após episódios de instabilidade política no Brasil.
Reação no X: A fala gerou debate, com apoio de defensores da regulação e críticas de grupos que a consideram uma forma de controle da liberdade de expressão.
4. Denúncia do Conflito em Gaza
O ponto mais contundente do discurso foi a condenação ao que Lula classificou como "genocídio em Gaza", descrevendo a crise como uma tragédia humanitária que viola o Direito Internacional. Ele criticou os ataques do Hamas, mas destacou que a resposta de Israel, com "fome como arma e deslocamento forçado", é desproporcional.
Frases principais:
"A tragédia em Gaza é uma afronta aos valores humanos e ao Direito Internacional."
"A criação de um Estado palestino é a única solução para a paz."
Ações do Brasil: Lula anunciou apoio à ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça contra Israel e criticou a recusa de visto dos EUA ao líder palestino Mahmoud Abbas.
Reação global: O discurso foi amplamente comentado no X, com hashtags como #FreePalestine ganhando tração, e recebeu apoio de líderes como o presidente da Turquia, que também condenou a situação em Gaza.
O discurso, transmitido ao vivo e amplamente repercutido no X, consolidou o Brasil como uma voz do Sul Global, abordando também temas como mudanças climáticas (com convite à COP30 em Belém) e a busca por soluções diplomáticas para conflitos como o da Ucrânia. Para o texto completo, acesse o site do Palácio do Planalto.










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