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20/09/2025- Demolição do Pavilhão B da Penitenciária Barreto Campelo Expõe Irregularidades

  • Foto do escritor: Angelo Mota
    Angelo Mota
  • 20 de set.
  • 2 min de leitura
Demolição do bloco B da Penitenciária Barreto Campelo (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
Demolição do bloco B da Penitenciária Barreto Campelo (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)

A demolição do pavilhão B da Penitenciária Professor Barreto Campelo, iniciada em 19 de setembro de 2025 na Ilha de Itamaracá, Pernambuco, revelou mais do que uma estrutura física deteriorada. Durante os preparativos, autoridades descobriram itens proibidos que apontam para regalias indevidas concedidas a detentos, como eletrônicos, substâncias ilícitas e objetos de conforto. O ato, liderado pela governadora Raquel Lyra, simboliza o esforço do governo pernambucano para reformular o sistema prisional, com foco em segurança, ressocialização e modernização.

Contexto da Demolição

Inaugurada há 50 anos, a Penitenciária Barreto Campelo foi desativada em 1º de abril de 2025, após denúncias recorrentes sobre sua infraestrutura precária. Com capacidade para 640 presos, a unidade abrigava 472 detentos no momento do encerramento. A transferência para outras penitenciárias, como as de Recife e Itaquitinga, foi realizada em uma operação chamada "Ponto Final", com apoio de forças policiais e bombeiros.

A demolição do pavilhão B é o primeiro passo para desmontar a unidade, que apresentava rachaduras, esgoto exposto e condições insalubres, conforme apontado pelo Ministério Público Federal (MPF). A governadora destacou:

"Estamos encerrando um ciclo de descaso no sistema prisional. A demolição é um marco para construir um modelo mais seguro e humano", declarou Raquel Lyra.

O terreno deve ser transformado em um espaço voltado ao turismo sustentável, beneficiando a economia de Itamaracá.

Descobertas de Irregularidades

As vistorias realizadas antes da demolição expuseram falhas graves na gestão da penitenciária. Entre os itens encontrados, estão:

  • Aparelhos eletrônicos: Smartphones e outros dispositivos, usados para comunicações externas, possivelmente ligadas a atividades criminosas.

  • Substâncias proibidas: Bebidas alcoólicas e drogas, supostamente introduzidas por arremessos ou falhas de segurança.

  • Armas artesanais: Objetos cortantes e improvisados, que alimentavam conflitos internos, como o registrado em 2023, quando dois presos foram feridos em um tiroteio.

  • Itens de luxo: Móveis e eletrodomésticos, sugerindo corrupção ou negligência de agentes penitenciários.

Essas descobertas reforçam incidentes anteriores, como o homicídio de um detento em 2023, gravado por câmeras. O secretário de Administração Penitenciária, Paulo Paes, afirmou que a estrutura antiga impedia qualquer progresso na ressocialização e violava direitos básicos.

O MPF e a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) abriram investigações para identificar responsáveis pelas irregularidades. Lyra reiterou: "Segurança pública exige um sistema prisional eficiente, e estamos trabalhando para isso."

Impactos e Próximos Passos

A desativação da Barreto Campelo é parte de um plano para reduzir a superlotação e melhorar as condições prisionais em Pernambuco, que já ampliou vagas em unidades mais modernas. Contudo, as regalias encontradas evidenciam desafios como corrupção e falta de controle, comuns em presídios brasileiros.

Para os moradores de Itamaracá, a conversão do terreno em área turística pode impulsionar a economia, desde que planejada com cuidado para preservar o meio ambiente. A população pode denunciar irregularidades à Ouvidoria do Sistema Penitenciário pelo telefone 0800 081 1987.

O caso destaca a urgência de reformas no sistema prisional brasileiro, com transparência e investimentos em segurança e reabilitação. A demolição do pavilhão B é apenas o início.

 
 
 

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