10/08/2025- Compesa Realiza Operação Contra Furtos de Água em Jataúba
- Angelo Mota
- 10 de ago.
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Entre os dias 5 e 7 de agosto de 2025, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), em colaboração com a Polícia Militar e a Guarda Municipal de Santa Cruz do Capibaribe, conduziu uma operação em Jataúba, no Agreste de Pernambuco, para combater furtos de água. A iniciativa foi desencadeada após uma redução drástica na vazão do sistema de abastecimento, que afetava cerca de 4 mil moradores da região.
Descobertas da Fiscalização
A operação inspecionou 5 quilômetros da adutora que liga Poço Fundo à estação elevatória de Jataúba, identificando oito derivações clandestinas e 22 conexões irregulares. A água desviada era utilizada para irrigação de plantações, abastecimento de chácaras, enchimento de piscinas e armazenamento em açudes. Um caso notável envolveu uma cisterna de grande capacidade conectada ilegalmente, localizada próxima a uma piscina.
Resultados e Impactos
As ligações irregulares reduziam a vazão de água de 17 para 9 litros por segundo, comprometendo o fornecimento para residências, escolas e serviços essenciais. Com a remoção das irregularidades, a Compesa recuperou 8 litros por segundo, normalizando o calendário de abastecimento em Jataúba. A operação mobilizou 16 profissionais, uma retroescavadeira, um caminhão, seis veículos, duas viaturas, um drone e um georradar para localizar tubulações subterrâneas sem escavações.
Medidas Legais
O furto de água é enquadrado como crime nos artigos 155 (furto) e 265 (atentar contra serviços de utilidade pública) do Código Penal, com penas que podem incluir prisão e multas. A Compesa registrou um Boletim de Ocorrência para apurar responsabilidades, e as investigações prosseguem.
Panorama em Pernambuco
O furto de água é um desafio persistente no estado, agravando a escassez hídrica, especialmente no Agreste. Em 2024, a Compesa contabilizou 82 incidentes em suas unidades, impactando 1 milhão de pessoas e gerando prejuízos de R$ 5 milhões. Ações similares em cidades como Petrolina, Afrânio e Dormentes também recuperaram volumes expressivos de água, mas o problema segue exigindo esforços contínuos.









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