09/09/2025- Chuva em Pernambuco: Apac explica por que as chuvas estão acima da média
- Angelo Mota
- 9 de set.
- 3 min de leitura
Tá chovendo mais em Pernambuco? Sim, em várias regiões, como o litoral, a Região Metropolitana do Recife (RMR), a Zona da Mata e o Agreste, as chuvas têm sido mais fortes que o normal em alguns meses de 2025, como janeiro, fevereiro, maio, junho e julho. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), o acumulado anual pode ficar dentro ou até abaixo da média em algumas áreas, mas picos de chuvas intensas têm marcado o ano. Confira o que aconteceu:
Janeiro de 2025: Chuva acima do esperado em todo o estado, com o litoral e a RMR recebendo volumes altos, gerando alertas de alagamentos.
Fevereiro de 2025: Temporais fortes no Grande Recife, com alerta vermelho do Inmet, causando alagamentos e até suspensão de aulas.
Maio de 2025: Chuvas intensas no litoral e Grande Recife, com mais de 100 mm em 24 horas em algumas cidades, marcando o começo do período chuvoso.
Junho e julho de 2025: Altos volumes na Zona da Mata (ex.: 81,5 mm em Cabo de Santo Agostinho em julho) e RMR, com rios como Ipojuca e Capibaribe em níveis de alerta, levando à abertura de abrigos em cidades como Igarassu.
No Sertão, as chuvas foram mais escassas, dentro ou abaixo da média para o período chuvoso inicial (novembro de 2024 a janeiro de 2025). Já em Fernando de Noronha, as chuvas estão frequentemente acima da média ao longo do ano.
Por que tá chovendo tanto? A explicação da Apac
A Apac explica que essas chuvas intensas são causadas por fenômenos meteorológicos e climáticos que favorecem temporais no Nordeste, especialmente no litoral pernambucano. Aqui vai o resumo do que eles dizem:
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT): É o principal motivo das chuvas fortes em meses como maio e fevereiro. A ZCIT é uma faixa de nuvens carregadas que se forma perto do equador e traz umidade do oceano Atlântico. Em 2025, ela tá mais ativa no litoral e na RMR, despejando muita água em pouco tempo, com volumes acima de 100 mm em algumas horas.
Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN): Em eventos como o de fevereiro, a Apac destacou que um VCAN, combinado com a ZCIT, causou instabilidades e pancadas de chuva moderadas a fortes, principalmente no litoral e Agreste.
Ondas de Leste e aquecimento do Atlântico: A Apac aponta que ondas de leste, que são sistemas que trazem umidade do oceano, junto com águas mais quentes no Atlântico, intensificaram as chuvas em meses como janeiro e maio, com acumulados até 30% acima da média em cidades como Recife e Olinda.
Clima atípico e sazonalidade: A meteorologista Zilurdes Lopes, da Apac, disse que a quadra chuvosa de 2025 começou de forma "atípica", com chuvas mais intensas na segunda quinzena de maio. Apesar de previsões indicarem volumes normais ou abaixo da média no Agreste e Sertão, eventos localizados surpreendem por causa da variabilidade climática. O La Niña fraco, com 75% de chance em 2024-2025, pode aumentar as chuvas no Nordeste, mas em Pernambuco isso aparece mais em temporais isolados.
A Apac monitora tudo com radares, satélites e pluviômetros, emitindo alertas laranja (perigo moderado) ou hidrológicos quando rios atingem cotas de risco. Para setembro de 2025, com o fim da estação chuvosa no litoral, a previsão é de chuvas mais esparsas e temperaturas subindo. Quer saber mais? É só acessar o site da Apac (www.apac.pe.gov.br) pra conferir os boletins diários e previsões atualizadas.










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