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08/09/2025- Paixão sem Divisão: A Série D é pequena para o amor do Santa Cruz

  • Foto do escritor: Angelo Mota
    Angelo Mota
  • 8 de set.
  • 3 min de leitura
Torcida do Santa Cruz (Caio Falcão/Esp DP)
Torcida do Santa Cruz (Caio Falcão/Esp DP)

A torcida do Santa Cruz Futebol Clube, fundado em 1914 no Recife, é um fenômeno de devoção que transcende as divisões do futebol brasileiro. Conhecido como o "Mais Querido", o Tricolor do Arruda carrega uma história de glórias, como o vice-campeonato da Série B em 2005, e desafios, como os anos recentes na Série D. Em 2025, mesmo na quarta divisão, a Fiel Coral demonstrou que sua paixão é maior que qualquer obstáculo, transformando cada partida em uma celebração única.


A Força da Nação Coral

A torcida do Santa Cruz é sinônimo de fidelidade. Mesmo na Série D, o Estádio do Arruda – um dos maiores do país, com capacidade para 60 mil pessoas – foi palco de multidões. Em 2025, o clube teve a maior média de público da competição, com cerca de 23 mil torcedores por jogo em casa, superando até equipes das Séries C, B e A. Em um confronto decisivo contra o Sergipe, mais de 31 mil ingressos foram vendidos, mesmo com o time precisando reverter um placar complicado.

Essa paixão vai além dos números. Nos anos 1970, torcedores doaram tijolos e trabalho voluntário para erguer o Arruda. Em 1955, arrecadaram dinheiro em uma bandeira do clube para contratar o goleiro Barbosa. Em 2025, a torcida enfrentou longas viagens, como os 3 mil corais que foram a Natal enfrentar o América-RN, esgotando ingressos em minutos e cantando até calar a torcida adversária, apesar de contratempos como retenções policiais.


O Fim da Jornada na Série D

No dia 7 de setembro de 2025, o Santa Cruz conquistou o tão sonhado acesso à Série C de 2026, com um empate por 1 a 1 contra o América-RN, nas quartas de final da Série D. Após uma vitória por 1 a 0 em casa, o Tricolor segurou a pressão em Natal. O gol do América veio cedo no segundo tempo, mas Balotelli, de cabeça, empatou aos 31 minutos, garantindo a classificação no agregado. Foi o fim de quatro anos na Série D – e um 2024 sem divisão nacional –, um período marcado por campos precários e dificuldades financeiras.

O centroavante Ariel, herói do gol na ida, resumiu o sentimento: "Essa torcida é diferente. Tem gente que deixa de comer para estar aqui. Vamos retribuir com alegria." No Arruda, milhares assistiram ao jogo em um telão, com portões abertos devido à multidão. No X, a festa explodiu: vídeos da torcida vibrando em Natal e mensagens como "Adeus, Série D!" viralizaram. Até torcedores rivais reconheceram: "Essa torcida é gigante demais para a quarta divisão."


Por Que a Série D Não Basta?

O Santa Cruz é mais que um clube: é um símbolo de Pernambuco, com raízes na população humilde e na diversidade, sendo pioneiro ao incluir jogadores negros em 1914. A torcida, a segunda maior do estado, vive o clube intensamente, misturando frevo, maracatu e cânticos que ecoam Chico Science. Mesmo com desafios, como a busca por uma SAF para sanar dívidas, os corais cruzam o Nordeste – de Teresina a Vitória da Conquista – e perdoam tropeços, mas exigem luta.

Com o acesso à Série C, o Santa Cruz mira a reconstrução. A torcida, que sempre carregou o clube, agora sonha com palcos maiores. Como disse um torcedor no X: "O Santa é eterno, e a gente prova isso todo dia." A Série D foi apenas um capítulo pequeno para essa paixão avassaladora. Que venha a Série C – e, quem sabe, a elite. Parabéns, Nação Coral! 🐍⚫⚪🔴

 
 
 

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