top of page
TOPO.jpg
REC+IPO.gif
CABO+RECIFE.gif
CAMARAGIBE 08_25.gif
teste_V2.jpg
teste_V2.jpg
teste_V2.jpg
teste_V2.jpg
teste_V2.jpg
teste_V2.jpg

08/09/2025- 7 de Setembro de 2025: Esquerda e Conservadores Polarizam o Brasil no Dia da Independência

  • Foto do escritor: Angelo Mota
    Angelo Mota
  • 8 de set.
  • 3 min de leitura

O feriado de 7 de setembro de 2025, Dia da Independência do Brasil, consolidou-se como um marco de divisões políticas, com manifestações simultâneas de esquerda e conservadores em várias cidades. No contexto do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no STF por tentativa de golpe, com decisão prevista até 12 de setembro, os atos refletiram a tensão pré-eleitoral de 2026. Enquanto a esquerda defendeu a democracia e criticou sanções externas, os bolsonaristas exigiram anistia para os presos do 8 de janeiro de 2023 e atacaram o Judiciário, evidenciando um país cindido.


Mobilização da Esquerda: Soberania e Resistência

Movimentos como CUT, MST e partidos como PT e PSOL lideraram atos em ao menos 18 capitais, focando na rejeição à anistia aos golpistas e na crítica às tarifas impostas pelos EUA, interpretadas como pressão para libertar Bolsonaro. Em São Paulo, cerca de 9 mil pessoas se reuniram na Praça da República, segundo estimativas do Cebrap/USP e More in Common (margem de erro de 12%, entre 7,8 mil e 10,2 mil). Figuras como os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além de deputados como Guilherme Boulos (PSOL), marcaram presença.

Os discursos defenderam pautas progressistas: fim da escala 6x1, isenção de IR até R$ 5 mil, taxação de grandes fortunas e redução da jornada de trabalho. Símbolos como bonecos de Bolsonaro preso e de Trump como "imperialista" reforçaram a narrativa. No Rio, cerca de 5,5 mil pessoas na Avenida Presidente Vargas, com nomes como Chico Alencar e Benedita da Silva (PT), gritaram por um "Brasil independente". Em Brasília, o "Grito dos Excluídos" na Praça Zumbi dos Palmares integrou-se ao desfile oficial, onde Lula discursou contra "ingerências externas". Cidades como Recife, Belo Horizonte e Salvador tiveram atos menores, mas com forte presença de movimentos sociais.

A esquerda priorizou evitar conflitos, destacando a defesa das instituições e o risco de anistia. "Não podemos permitir que golpistas sejam perdoados", afirmou um líder da CUT, alertando para retrocessos democráticos.


Atos Conservadores: Anistia e Ataques ao STF

Os apoiadores de Bolsonaro, organizados por figuras como Silas Malafaia, promoveram atos em cerca de 100 cidades sob o lema "Brasil, Reaja". A pauta central foi a anistia aos presos do 8/1, o impeachment de Alexandre de Moraes e apoio às sanções de Trump. Em São Paulo, a Avenida Paulista reuniu 43 mil pessoas, quase cinco vezes o público da esquerda na cidade, segundo o Cebrap. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) discursou, criticando o STF como "tirânico". Michelle Bolsonaro e Valdemar Costa Neto (PL) também estiveram presentes, com bandeiras dos EUA e mensagens em inglês pedindo intervenção.

No Rio, 44 mil lotaram Copacabana, com o governador Cláudio Castro (PL) e Flávio Bolsonaro defendendo "liberdade". Em Brasília, 46 mil se concentraram na Funarte, desafiando restrições judiciais, com nomes como Damares Alves e Bia Kicis (PL-DF). Cidades como Recife (4,5 mil), Florianópolis (1,8 mil, com Eduardo e Carlos Bolsonaro) e Fortaleza também registraram atos robustos. Malafaia, investigado por coação, dominou a narrativa, reprimindo divergências internas.

Os atos usaram bonecos de Moraes preso e faixas contra o "comunismo", mantendo-se pacíficos, mas sob escrutínio da PF por possíveis obstruções ao julgamento. No Congresso, a proposta de anistia avança na Câmara, mas enfrenta resistência no Senado.


Contexto e Perspectivas: Um Brasil Dividido

A mídia global, como El País ("Brasil rachado nas ruas") e BBC ("Bolsonarismo mantém força"), destacou a disparidade numérica – atos conservadores foram maiores –, mas questionou seu impacto, dado o julgamento iminente de Bolsonaro (penas de até 43 anos). O Financial Times apontou a "fúria da esquerda contra Trump" e riscos de instabilidade com a anistia. Analistas como André Singer (USP) veem o 7 de setembro como um "termômetro político": a direita se reorganiza pós-8/1, enquanto a esquerda retoma as ruas após anos de domínio bolsonarista.

Com 2026 se aproximando e Tarcísio como possível candidato, os atos sinalizam que feriados nacionais continuarão sendo palcos de disputa. A frase de Lula, "A luta é do povo", resume o momento: o Brasil de 1822 agora enfrenta uma batalha por sua democracia, com o 7 de setembro como espelho de suas divisões.

 
 
 

Comentários


bottom of page