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Yoko, o chimpanzé solitário da Colômbia, encontra um novo lar no Brasil

  • Foto do escritor: Angelo Mota
    Angelo Mota
  • 25 de mar.
  • 2 min de leitura

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No dia 23 de março de 2025, Yoko, um chimpanzé de 38 anos, deixou a Colômbia rumo ao Santuário de Grandes Primatas de Sorocaba, no estado de São Paulo, Brasil, marcando um momento histórico. Após viver os últimos dois anos sozinho no Ukumari Biopark, na cidade de Pereira, Yoko foi transferido em uma operação chamada "Arca de Noé", tornando a Colômbia o primeiro país do mundo a eliminar completamente a presença de grandes primatas em cativeiro.

Yoko teve uma vida marcada por adversidades. Sequestrado de sua família ainda filhote, foi criado por um traficante de drogas que o "humanizou" com hábitos como usar talheres, assistir TV e desenhar com giz de cera. Resgatado pela polícia em 2017, passou por um refúgio antes de chegar ao zoológico colombiano, onde perdeu seus últimos companheiros, Chita e Pancho, em 2023, após uma fuga que terminou em tragédia. Desde então, permaneceu isolado, o que motivou sua transferência.

No Brasil, Yoko agora vive em um santuário que abriga mais de 40 chimpanzés, o maior da América Latina dedicado a grandes primatas. Apesar da esperança de uma nova vida social, especialistas alertam que sua adaptação pode ser desafiadora. "Yoko identifica-se mais com humanos do que com chimpanzés", explica César Gómez, coordenador do Ukumari Biopark, destacando que gestos como sorrir, positivos para humanos, têm significado oposto para sua espécie.

A transferência foi liderada pela senadora colombiana Andrea Padilla, do partido Aliança Verde, e celebrada pelo Great Ape Project como um marco na conservação. "Yoko foi vítima de tráfico desde muito jovem. Esse traslado é profundamente simbólico", afirmou Padilla. Em 24 de março, ela anunciou nas redes sociais que Yoko chegou "são e salvo" ao Brasil, pronto para começar uma nova etapa ao lado de seus semelhantes.

O Santuário de Sorocaba oferece um ambiente natural e seguro, mas a reintegração de Yoko será monitorada de perto por veterinários e comportamentalistas. Sua história reflete tanto os danos do tráfico de animais quanto a possibilidade de redenção por meio de esforços conjuntos para seu bem-estar.

 
 
 

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