Voo Recife-Madri enfrenta atraso de horas e sobrevoo prolongado no Atlântico
- Angelo Mota
- 13 de jun.
- 2 min de leitura
O voo AD8001 da Azul, operado por um Boeing 767 da Euroatlantic Airways, enfrentou sérias complicações na rota entre Recife e Madri. Com um atraso de quatro horas para decolar e a necessidade de realizar 19 voltas sobre o Oceano Atlântico para reduzir combustível, o voo retornou ao Aeroporto Internacional do Recife. Este é o segundo problema técnico registrado na mesma rota em poucos dias, levantando questionamentos sobre a operação.
Falhas técnicas consecutivas
No voo inaugural da rota, em 10 de junho, a aeronave já havia apresentado uma falha, obrigando-a a circular por cerca de duas horas antes de retornar ao Recife. Na madrugada de hoje, o cenário se repetiu: após decolar com atraso, o Boeing 767 detectou um problema técnico e passou aproximadamente 90 minutos sobrevoando o Atlântico para queimar combustível, garantindo um pouso seguro. Passageiros compartilharam nas redes sociais sentimentos de frustração e insegurança diante da recorrência do problema.
Por que sobrevoar o oceano?
Circular sobre o mar para queimar combustível é um procedimento comum na aviação. Aviões de longa distância, como o Boeing 767, saem com tanques cheios para trajetos extensos, como os 6.289 km entre Recife e Madri. Caso precisem retornar logo após a decolagem, o excesso de peso pode comprometer a segurança do pouso. As 19 voltas realizadas pelo voo AD8001 serviram para reduzir o combustível a níveis adequados.
Impactos para os passageiros
Com uma duração prevista de cerca de 8 horas, o voo Recife-Madri é uma aposta estratégica da Azul, mas o atraso inicial e o retorno inesperado geraram transtornos. A companhia ainda não esclareceu a causa exata da falha técnica ou se substituirá a aeronave. Passageiros foram reacomodados, e a Azul afirmou que está apurando o ocorrido, garantindo assistência. Pelas normas de aviação, os afetados podem ter direito a reembolsos ou compensações.
Contexto e preocupações adicionais
O incidente acontece em um momento de instabilidade global, com cancelamentos de voos no Oriente Médio devido ao recente ataque de Israel ao Irã. Embora sem conexão direta, o cenário reforça a atenção à segurança aérea. A repetição de falhas na rota Recife-Madri tem gerado críticas online, com passageiros questionando a manutenção da aeronave e a parceria com a Euroatlantic. Alguns até chamaram o avião de “problemático” em postagens.
O que vem a seguir?
A Azul comprometeu-se a reforçar os protocolos de segurança e evitar novos incidentes. Passageiros impactados devem buscar a companhia para informações sobre reacomodação ou indenizações. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) pode abrir uma investigação para avaliar a conformidade das operações.
Fonte: Dados de voos e relatos de passageiros em plataformas digitais.










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