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Pernambuco segue na liderança em matrículas em tempo integral no Censo Escolar 2024, mas enfrenta desafios na educação profissional e EJA

  • Foto do escritor: Angelo Mota
    Angelo Mota
  • 9 de abr.
  • 2 min de leitura

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Os dados preliminares do Censo Escolar 2024, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em setembro de 2024, consolidam Pernambuco como líder nacional na oferta de matrículas em tempo integral no ensino médio da rede pública. Com 66,8% dos alunos nesse modelo, o estado nordestino mantém uma posição de destaque, superando a média nacional de 23,1% e ficando à frente de estados como Paraíba (55%) e Ceará (49,1%). Esse resultado reflete o investimento contínuo em políticas educacionais que ampliam a jornada escolar, uma estratégia reconhecida por melhorar o aprendizado e a permanência dos estudantes.

No entanto, o cenário da educação em Pernambuco apresenta desafios em outras áreas. A educação profissional e tecnológica (EPT), apesar de registrar crescimento no Brasil — com 2,38 milhões de matrículas em nível médio no país —, ainda não alcança o potencial desejado no estado. Pernambuco segue abaixo da média de países da OCDE (cerca de 40% dos estudantes de ensino médio em cursos técnicos), indicando a necessidade de mais investimentos para ampliar o acesso e atender às demandas do mercado de trabalho local.

Já a Educação de Jovens e Adultos (EJA) enfrenta uma crise ainda mais acentuada. Em Pernambuco, assim como no restante do país, as matrículas nessa modalidade continuam em queda livre. No Brasil, o número caiu de 3,2 milhões em 2019 para 2,3 milhões em 2024, uma perda de quase 1 milhão de estudantes. No estado, a redução segue essa tendência nacional, evidenciando o abandono progressivo da EJA pelas redes públicas, onde a oferta de turmas tem sido concentrada em poucas escolas, dificultando o acesso. Esse retrocesso contrasta com a demanda potencial: cerca de 70 milhões de brasileiros não concluíram a educação básica, muitos dos quais poderiam ser beneficiados por políticas eficazes de EJA.

Os resultados do Censo Escolar 2024 reforçam a dualidade da educação pernambucana: enquanto o ensino em tempo integral é um ponto forte, a estagnação da educação profissional e o declínio da EJA sinalizam a urgência de estratégias específicas para reverter essas tendências e garantir uma educação inclusiva e equitativa.

 
 
 

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