Instagram Amplia Restrições em Contas de Adolescentes e Afirma que Medidas Alcançam 54 Milhões de Perfis

O Instagram, plataforma pertencente à Meta, anunciou nesta terça-feira (8 de abril de 2025) a ampliação de restrições em contas de adolescentes, com o objetivo de reforçar a segurança e o controle parental no aplicativo. Segundo a empresa, as novas medidas já impactam 54 milhões de contas de usuários menores de 18 anos em todo o mundo. A iniciativa faz parte da expansão do recurso "Contas de Adolescentes" (Teen Accounts), que agora também será implementado no Facebook e no Messenger.

Entre as principais mudanças, adolescentes com menos de 16 anos passam a precisar de autorização dos pais para realizar transmissões ao vivo (lives) no Instagram. Além disso, a funcionalidade que automaticamente desfoca imagens com suspeita de nudez em mensagens diretas (DMs) só poderá ser desativada por menores de 16 anos com consentimento parental. Essas atualizações, que começaram a ser aplicadas em setembro de 2024, visam proteger os jovens de conteúdos inadequados e limitar interações indesejadas, como contatos de estranhos.

A Meta informou que 97% dos adolescentes entre 13 e 15 anos mantiveram as restrições automáticas ativadas, o que inclui contas privadas por padrão, filtros rigorosos de conteúdo e lembretes para pausas após 60 minutos de uso. A empresa também destacou que está utilizando inteligência artificial para identificar contas de adolescentes que tentam burlar as regras declarando idades falsas, aplicando as mesmas proteções a esses perfis.

As novidades respondem a críticas crescentes sobre o impacto das redes sociais na saúde mental dos jovens e a pressões de governos e entidades por mais segurança online. A implementação total das mudanças no Instagram deve ocorrer nos próximos 60 dias, com a expansão para outras plataformas da Meta prevista para os meses seguintes. A medida é vista como um passo significativo para equilibrar a experiência digital dos adolescentes com a tranquilidade dos pais, mas ainda levanta debates sobre sua eficácia e os desafios de fiscalização em larga escala.