Inauguração do novo sistema viário do Cais José Estelita no Recife enfrenta desafio de controlar velocidade

JAILTON JR./JC IMAGEM

Na quarta-feira, 2 de julho de 2025, o Recife ganhou um novo sistema viário no Cais José Estelita, transformando a mobilidade entre o Centro e a Zona Sul. Com um investimento de R$ 50 milhões do Consórcio Novo Recife, o projeto substituiu a antiga Avenida Engenheiro José Estelita por duas vias paralelas, cada uma com três faixas, totalizando seis — três para o sentido Centro-Zona Sul e três no sentido contrário. A iniciativa inclui ciclovias bidirecionais, calçadas amplas e acessibilidade para pedestres, além de abrir espaço para o Parque da Resistência Leonardo Cisneiros, com 33 mil m², e o Parque da Memória Ferroviária, com 55 mil m².

O principal obstáculo apontado é o controle da velocidade dos veículos. Com o aumento de faixas e a presença de curvas, há risco de motoristas excederem o limite de 60 km/h. Para mitigar isso, foi instalado um redutor de velocidade após o Viaduto das Cinco Pontas, no sentido Centro-Zona Sul, e uma travessia elevada na conexão com a Avenida Dantas Barreto, que regula o fluxo em ambos os sentidos. A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) planeja reforçar a fiscalização com equipamentos eletrônicos, especialmente no trecho após o Cabanga, onde os limites variam entre 40 km/h e 50 km/h. Agentes de trânsito acompanharão os primeiros dias para orientar condutores e assegurar a adaptação ao novo traçado.

Com um custo total superior a R$ 120 milhões em contrapartidas privadas, o projeto prioriza a mobilidade ativa e a reconexão da cidade com sua orla. A antiga avenida foi desativada para dar lugar aos parques, e o tráfego foi redirecionado para as novas vias, incluindo a Avenida Senador Francisco Pessoa de Queiroz no sentido Centro-Zona Sul. A conclusão dos parques está prevista para 2026, fortalecendo a integração urbana e a valorização da história ferroviária do Recife.