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Dia do Cuscuz: Patrimônio da Humanidade e Símbolo da Identidade Nordestina.

  • Foto do escritor: Angelo Mota
    Angelo Mota
  • 19 de mar.
  • 2 min de leitura

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Nesta quarta-feira, 19 de março de 2025, celebra-se o Dia Mundial do Cuscuz, uma data que exalta um dos pratos mais queridos e representativos da cultura nordestina. Reconhecido em 2020 como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco, o cuscuz transcende o simples ato de comer: ele carrega história, resistência e afeto, sendo um verdadeiro emblema da identidade do Nordeste brasileiro.

Originário do norte da África, onde foi criado pelos povos berberes, o cuscuz atravessou o Atlântico com os colonizadores portugueses e encontrou no Brasil, especialmente no Nordeste, um lar onde se reinventou. Aqui, o milho — abundante e essencial à alimentação local — substituiu os ingredientes originais, como o trigo, e deu vida à versão nordestina: um prato simples, feito de flocos de milho hidratados e cozidos no vapor, que pode ser saboreado do café da manhã ao jantar. Seja puro, com manteiga, queijo coalho, carne de sol ou até em combinações doces, sua versatilidade o torna presença constante nas mesas da região.

Mais do que um alimento, o cuscuz é um símbolo de convivência e partilha. No Nordeste, ele está nas casas mais humildes e nas festas mais fartas, unindo famílias e comunidades em torno de sua preparação e consumo. É comida de sustância, que sacia e aquece, mas também de memória, evocando tradições passadas de geração em geração. Historiadores destacam que sua adaptação ao milho reflete as trocas culturais entre indígenas, africanos e europeus, enquanto seu papel na dieta nordestina sublinha a resiliência de um povo que transformou a escassez em abundância criativa.

Hoje, o Dia do Cuscuz não celebra apenas o prato, mas toda a riqueza cultural que ele representa. É um convite para reconhecer a força da identidade nordestina — arretada, acolhedora e cheia de sabor — e para apreciar essa iguaria que, de tão brasileira, parece ter nascido aqui. Que tal aproveitar a data para preparar um cuscuz bem quentinho e brindar a essa herança que é, ao mesmo tempo, local e universal?

 
 
 

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