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Crise Hídrica no Agreste: Barragem de Jucazinho em Pré-Colapso Ameaça Abastecimento

  • Foto do escritor: Angelo Mota
    Angelo Mota
  • 22 de mar.
  • 2 min de leitura

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Uma das principais barragens do Agreste de Pernambuco, a Barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, está em estado de pré-colapso, com apenas 4,6% de sua capacidade total de armazenamento — equivalente a cerca de 15 milhões de metros cúbicos de água, diante de uma capacidade máxima de 327 milhões. Essa situação crítica, atualizada em 20 de março de 2025, reflete a severa crise hídrica que assola a região, agravada por anos de chuvas abaixo da média e pelo aumento da demanda por água em um dos polos mais populosos do interior do estado.

A barragem, que abastece 14 municípios — incluindo Caruaru, Surubim, Toritama, Bezerros e Gravatá —, é essencial para o fornecimento de água a cerca de 800 mil pessoas. No entanto, o nível atual compromete gravemente o sistema de abastecimento. Em Bezerros, por exemplo, parte da população está sem água nas torneiras há mais de dois meses, enquanto cidades como Caruaru enfrentam racionamentos severos. O Governo Federal reconheceu, em 18 de março de 2025, a situação de emergência em Caruaru, um indicativo da gravidade do cenário.

Causas da crise

A estiagem prolongada é o principal fator para o estado crítico de Jucazinho. Dados da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) mostram que as chuvas na bacia do Rio Capibaribe, que alimenta a barragem, têm sido insuficientes para reverter o quadro. Em 2024, o volume de precipitação ficou até 40% abaixo da média histórica, e as previsões para março de 2025 não são otimistas, com expectativas de chuvas escassas. Além disso, a falta de conclusão de obras estruturantes, como a Adutora do Agreste, iniciada em 2013 e ainda incompleta devido a atrasos em repasses federais, intensifica o problema.

Medidas emergenciais

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) anunciou ações para mitigar a crise. Uma delas é a transposição das águas do Rio São Francisco via Adutora do Agreste para o Sistema Jucazinho. Com uma extensão de três quilômetros, a nova adutora deve transportar até 400 litros por segundo, aliviando a pressão sobre o reservatório. Outra medida inclui a instalação de duas balsas na barragem para captação de água, caso o nível caia ainda mais, atingindo 3% em março. Enquanto isso, caminhões-pipa têm sido usados para atender áreas mais afetadas, como zonas rurais e periferias.

Impactos e perspectivas

A crise hídrica não afeta apenas o abastecimento humano, mas também a economia local, especialmente a bacia leiteira e o polo têxtil de Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. Sem água suficiente, a produção agropecuária e industrial enfrenta perdas significativas, ameaçando empregos e a subsistência de milhares de famílias. Especialistas alertam que, sem chuvas significativas ou a conclusão de obras como a Adutora do Agreste — prevista agora para 2026 —, a região pode entrar em colapso total nos próximos meses.

Hoje, 21 de março de 2025, a situação de Jucazinho é um alerta para a urgência de investimentos em infraestrutura hídrica e gestão sustentável dos recursos no Agreste pernambucano. A população e as autoridades locais cobram soluções definitivas, enquanto o dia a dia é marcado pela incerteza nas torneiras.

 
 
 

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