Crianças são as Maiores Vítimas de Acidentes com Fogos e Fogueiras no São João 2025, Segundo HR
- Angelo Mota
- 25 de jun.
- 2 min de leitura

As celebrações do São João de 2025, especialmente nos dias 23 e 24 de junho, resultaram em um preocupante aumento de casos de queimaduras entre crianças no Hospital da Restauração (HR), no Recife, principal centro de referência para queimados em Pernambuco. De acordo com o chefe da unidade de queimados, Dr. Marcos Barretto, desde o início do período junino, em 10 de junho, 30 pessoas foram atendidas, sendo a maioria crianças.
Entre a noite de 23 e a manhã de 24 de junho, o HR registrou sete atendimentos, incluindo cinco crianças de 4 a 7 anos e dois adultos. As lesões, em sua maioria nas mãos, foram causadas pelo uso inadequado de fogos de artifício, como bombinhas, chuveirinhos e estrelinhas, além de acidentes próximos a fogueiras. Três crianças permanecem internadas devido à gravidade dos ferimentos, enquanto as demais receberam alta para acompanhamento ambulatorial.
Com 40 leitos disponíveis no setor de queimados, o HR operava com ocupação quase total na véspera do São João, restando apenas três leitos livres em 23 de junho. O médico destacou que, desde o início das festividades de Santo Antônio, foram registradas 23 internações por queimaduras até 23 de junho, sendo 12 pacientes ainda internados. Ele aponta como causas principais o uso de combustíveis inflamáveis, como álcool, para acender fogueiras, e a falta de supervisão de crianças durante o manejo de fogos.
O Corpo de Bombeiros reforça a importância de evitar fogos de artifício, mas, caso sejam utilizados, recomenda seguir rigorosamente as instruções do fabricante. Para fogueiras, sugere-se o uso de materiais menos perigosos, como óleo de cozinha ou diesel com estopa, e limitar a altura a 1 metro para evitar acidentes. A supervisão de crianças é essencial para prevenir queimaduras.
As autoridades alertam para a necessidade de maior cuidado durante as festas juninas, especialmente com os mais jovens, para evitar incidentes graves.









Comentários