Chuvas elevam volume das barragens do Grande Recife, mas cenário segue delicado
- Angelo Mota
- há 7 horas
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As chuvas recentes na Região Metropolitana do Recife (RMR) trouxeram um alívio parcial para os reservatórios que abastecem a região, conforme relatórios da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Em 27 de maio de 2025, foi registrado um aumento no volume de água em diversas barragens, embora algumas ainda estejam em situação delicada.
Segundo a Apac, as barragens de Bita e Utinga, localizadas em Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, respectivamente, tiveram uma recuperação notável, saindo de níveis críticos abaixo de 10% no início do ano para patamares ligeiramente melhores, mas ainda abaixo de 20% da capacidade total. A barragem de Botafogo, em Igarassu, alcançou cerca de 30% de sua capacidade, um progresso em relação aos meses anteriores, quando esteve à beira do esgotamento. A barragem de Duas Unas, em Jaboatão dos Guararapes, parte do Sistema Tapacurá, também registrou aumento no volume, embora dados precisos para maio não tenham sido divulgados. Já a barragem de Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho, destaca-se como uma das mais beneficiadas pelas chuvas, com acumulação significativa nos últimos meses.
Apesar dos avanços, a Compesa informou que os calendários de abastecimento não serão alterados imediatamente, já que a recuperação total depende do comportamento das chuvas até o fim do período úmido, previsto para julho. Fatores como altas temperaturas e evaporação elevada continuam pressionando os reservatórios e aumentando a demanda por água. A companhia planeja divulgar ajustes nos calendários em 30 de maio, com mudanças previstas para entrar em vigor a partir de 3 de junho, beneficiando áreas como Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e destinos turísticos como Porto de Galinhas e Muro Alto.
As chuvas também elevaram os níveis de rios como Capibaribe, Jaboatão e Duas Unas. Contudo, a Apac alerta para o risco de alagamentos em cidades como Recife, Camaragibe e São Lourenço da Mata, onde o Rio Capibaribe atingiu cota de alerta em 5 de fevereiro de 2025. O escoamento da água até as barragens pode levar até 72 horas, o que retarda a recomposição dos reservatórios. A Compesa reforça a importância do uso consciente da água para enfrentar o atual cenário de escassez.
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