Alunos da rede estadual de Pernambuco cobram melhorias e cumprimento de promessas
- Angelo Mota
- 28 de mar.
- 2 min de leitura

Estudantes da rede estadual de ensino de Pernambuco têm manifestado insatisfação com diversas questões que afetam seu dia a dia nas escolas. Entre as principais reclamações estão a demora na entrega de itens essenciais, como kits escolares e fardamentos, além de problemas estruturais nas unidades de ensino, como falta de climatização adequada nas salas de aula. Essas queixas têm sido registradas em diferentes momentos ao longo do ano letivo de 2025, refletindo um cenário de desafios para a educação pública no estado.
A entrega dos kits escolares e uniformes, prometidos pelo Governo de Pernambuco para o início do ano letivo, ainda não chegou a milhares de alunos, gerando frustração entre estudantes e suas famílias. A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) anunciou investimentos significativos, como R$ 33,8 milhões para a produção de 1,8 milhões de peças de fardamento e a distribuição de 460.425 kits escolares, mas a logística de distribuição parece não ter acompanhado o cronograma esperado. Além disso, a promessa de um programa de distribuição gratuita de tênis, com investimento de R$ 58 milhões, também é aguardada com expectativa, mas sem data confirmada para muitos.
Outro ponto crítico levantado pelos estudantes é a infraestrutura das escolas. Em algumas unidades, como a Escola Técnica Estadual Dom Bosco, no Recife, alunos relatam a ausência de ar-condicionado em salas de aula, mesmo após promessas de climatização total. O calor excessivo, aliado à falta de merenda no turno noturno e à insuficiência de passes estudantis para cobrir todas as viagens necessárias, tem sido destacado como entrave ao aprendizado. Essas questões estruturais também motivaram atos de protesto em ao menos duas escolas no dia 27 de março de 2025, com pedidos por melhorias urgentes.
A SEE tem respondido que está trabalhando para resolver os problemas, como a climatização em andamento e a regulamentação do Passe Livre Estudantil, que garante 44 viagens mensais gratuitas. No entanto, a percepção entre os estudantes é de que as ações não têm sido suficientes ou rápidas o bastante. As reclamações ecoam um sentimento de que a educação estadual, antes referência nacional, enfrenta dificuldades para retomar seu patamar de excelência.









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