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30/08/2025- Stella faz história: primeira mulher trans na Polícia Militar de Pernambuco

  • Foto do escritor: Angelo Mota
    Angelo Mota
  • 30 de ago.
  • 2 min de leitura

(Foto: Marina Torres/DP Foto)
(Foto: Marina Torres/DP Foto)

A formatura de mais de dois mil soldados da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) entrou para a história não apenas pelo número de novos profissionais. Entre eles, estava Stella Thainá da Silva, de 27 anos, que se tornou a primeira mulher trans a integrar a corporação já com sua identidade de gênero reconhecida.

Hoje eu vivo quem eu realmente sou”, afirmou Stella, emocionada com a conquista que representa realização pessoal e também um passo importante para a visibilidade trans dentro das forças de segurança.


Uma trajetória marcada pela superação

Desde muito jovem, Stella sentia que não correspondia ao corpo em que nasceu. Aos 20 anos, iniciou o tratamento hormonal e deu início à sua transição, sempre contando com o apoio da família. Esse suporte foi essencial para que ela chegasse até aqui.

Durante o curso de formação na PMPE, Stella não apenas foi acolhida pelos colegas, como também se destacou pela dedicação: assumiu a liderança da turma e foi escolhida representante da formatura.


Quebra de barreiras

O ingresso de Stella ganha ainda mais relevância quando se olha para o histórico da instituição. Até poucos anos atrás, editais de concursos militares traziam restrições que, na prática, impediam a participação de pessoas trans, apoiando-se em classificações médicas hoje consideradas ultrapassadas.

Com mudanças legais e sociais — incluindo a retirada da transexualidade da lista de transtornos pela Organização Mundial da Saúde em 2018 — essas barreiras foram caindo, abrindo espaço para histórias como a dela.


Exemplo de representatividade

Consciente de que muitas pessoas trans não contam com os mesmos recursos e apoio, Stella reconhece seus privilégios, mas espera que sua trajetória inspire outras. “Quero continuar estudando, cursar Direito e futuramente me tornar oficial da PMPE”, revelou.

Sua presença na corporação, além de representar inclusão, é um símbolo de transformação em uma instituição marcada pelo conservadorismo.


Um novo capítulo para a PMPE

A conquista de Stella reforça que diversidade e respeito podem caminhar junto com a disciplina militar. Mais do que ocupar um cargo, ela abre portas e ajuda a construir um futuro em que a identidade de gênero não seja obstáculo para quem sonha em servir à sociedade.

Minha maior vitória é poder ser eu mesma, de forma plena e feliz”, declarou.

 
 
 

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