16/09/2025- Tragédia no Recife: Adolescente morre após tentar "surfar" em ônibus
- Angelo Mota
- 16 de set.
- 2 min de leitura

Na noite de sexta-feira, 12 de setembro de 2025, um jovem de 14 anos, conhecido como João Vitor, perdeu a vida em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (PE). O adolescente tentava praticar o perigoso "surfe" no teto de um ônibus em movimento, na localidade de Curado 4, quando caiu e sofreu ferimentos fatais. O enterro ocorreu no sábado (13), no Cemitério de Santo Amaro, no Recife, marcado por homenagens da comunidade.
O incidente envolveu um ônibus da linha 361 (TI TIP/Curado 4), gerenciado pela empresa Borborema. Segundo informações, João Vitor escalava o veículo para alcançar o teto, uma prática arriscada conhecida como "surfe" ou "bigu", mas perdeu o equilíbrio e caiu. A empresa lamentou o ocorrido, informou que prestou assistência à família e está cooperando com as autoridades para esclarecer os fatos.
O que é o "surfe" em ônibus?
A prática, também chamada de "morcegamento", consiste em jovens se pendurarem nas portas, para-choques ou subirem ao teto de ônibus em movimento. Comum em áreas urbanas do Recife, especialmente em fins de semana, essa atividade é extremamente perigosa e proibida pelo Grande Recife Consórcio de Transporte. Motoristas são instruídos a interromper a viagem e pedir que os jovens desçam, mas a prática persiste, colocando em risco a segurança de todos.
Em 2024, a Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou uma lei que proíbe o "surfe rodoviário", mas os incidentes continuam. A redução de cobradores nos coletivos (presentes em menos de 5% das linhas) tem sido apontada como um fator que facilita essas ações.
Incidentes semelhantes no Grande Recife
Casos trágicos como esse não são novidade. Nos últimos anos, outros jovens perderam a vida em situações semelhantes na região:
Ações de prevenção
Especialistas em segurança no trânsito, como o Observatório Nacional de Segurança Viária, destacam a gravidade dessa prática e cobram medidas mais eficazes. Campanhas educativas, como "Surfar em ônibus, nem pensar", foram lançadas desde 2023, mas a fiscalização ainda enfrenta desafios. A Polícia Civil investiga o caso como morte a esclarecer, enquanto a comunidade local pede mais conscientização e segurança no transporte público.









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